terça-feira, 21 de outubro de 2008

Os 5 dramas de ter conta bancária


Os 5 dramas de ter conta bancária

Por vezes parece que seria muito mais simples, barato e feliz manter o dinheiro estocado no colchão. Mas um dos ritos de passagem para a idade adulta é esse: abrir uma conta no banco. No dia em que acontece, a gente se sente mais poderoso que chihuahua latindo pras visitas. A alegria, porém, acaba bem rápido – porque ter conta em banco exige nervos de aço e uns carmas corriqueiros.

1. Pagar taxas de toda sorte
Paga-se para sacar, para transferir e até para TER a conta. Uma tal de “cesta de serviços” usurpa mais de 20 dinheiros a cada mês. Tem quem pague até quando passa mais de dez cheques no período. Aliás, basta fazer duas perguntas ao gerente, ele afana dez paus da sua conta. E se ele oferecer um cafezinho, custará 15.

2. Lembrar 127 senhas
Quatro dígitos aqui, seis dígitos ali, código de acesso pra internet, frase para registrar a entrada, chaveirinhos malucos que trocam de senha a cada 30 segundos. Um dia meu cérebro vai fundir e eu serei vista na rua, vagando e dizendo “7452, 238200, 9321, animal de estimação favorito, 7452...”. E olha que nem adianta tudo isso, porque os bandidos nunca levaram dinheiro da minha conta; é justo o banco que toma muito dele pra si à minha revelia (vide item anterior).

3. Resolver uma pendência
Se algo errado acontecer, como um depósito perdido, um cheque devolvido ou uma das 127 senhas bloqueadas, pode contatar a Interpol – porque será mais fácil isso do que encontrar uma atendente que resolva a parada.

4. Passar a porta giratória
Os problemas de ter conta no banco começam logo na entrada. Desprovidos de chaves, moedas, óculos, celular, presilhas de cabelo, muletas, brincos, aparelho dental e marca-passo, é capaz que o guarda nos deixe entrar na agência. Não sei vocês, mas porta giratória de banco me parece mais desconfiada, implacável e seletiva do que a imigração norte-americana na fronteira com o México.

5. Manter o saldo azul
E quando você pensa que tem lá uma boa carga de números depositados em conta, eles todos caem num buraco negro e, puf!, evanescem por mágica. Toda vez que vejo meu saldo bancário, grito “polícia, polícia, fui assaltada!”. Mas logo depois percebo que as contas batem mesmo. Cogito, toda vez, largar mão de banco e guardar o dinheiro no colchão; mas só acabo é indo choramingar nele, sonhando com o dia em que se acabem os dramas bancários.

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